segunda-feira, 19 de abril de 2010

Geração de Rafinha x Exclusão Digital

O vídeo "Rafinha 2.0" mostra com muita propriedade a imagem da juventude atual, Rafinha é um típico jovem do século XXI. Ele está antenado com as últimas invenções tecnológicas, ele sabe quase que instantaneamente sobre tudo que está acontecendo no mundo, antes que saia em jornais ou que seja transmitido pela televisão. Rafinha possui milhares de amigos virtuais, gente de todos os cantos, de todas as "tribos", de todas as línguas. Ele se diverte sem nem precisar sair de seu quarto. Ele cria vídeos, imagens, e o que mais quiser criar sem gastar um único centavo, e ainda assim pode ser visto por milhões de outras pessoas. Ele viaja para onde desejar ir sem sair do lugar, pode conhecer até mesmo outros planetas, mas infelizmente nem sempre consegue viajar para dentro de si mesmo. Estamos criando uma geração de jovens inseguros, tímidos ao extremo, que apesar de serem capazes de falar com pessoas desconhecidas com total desprendimento por meio de sites de relacionamento, não conseguem se comunicar ou se relacionar bem com o outro que está ao seu lado. Alguns pais e filhos não conhecem um ao outro, sabem sobre todas as transações do mundo, são bem informados, dominam outros idiomas, sabem utilizar todas invenções tecnológicas, mas não sabem dialogar,esqueceram como se utiliza um dos principais recursos que diferencia o ser humano dos demais animais, o diálogo. Em meio a todo esse contexto está a educação e de maneira mais específica, gostaria de falar do professor. Na entrevista publicada no blog da "Revista Nova Escola" feita com Léa Fagundes sobre inclusão digital ela fala da necessidade da capacitação dos professores nessa era tecnológica e ressalta que o professor deve ser um parceiro do aluno,e que precisam caminhar juntos nessa busca pelo conhecimento. Também menciona sobre a necessidade da horizontalização da relação professor-aluno,rompendo com a barreira do tradicionalismo onde o professor é o detentor de todo o conhecimento e o educando um mero depósito de conceitos pré formulados e que normalmente estão muito distante da realidade do aluno. Léa afirma também que a tecnologia pode conduzir o professor a construir um mundo de simbolismos e que essa descoberta só é feita quando o educador se deixa conduzir pela curiosidade, pelo prazer de inventar, e de explorar o novo como fazem as crianças.

Diante dessa "Geração de Rafinhas", o professor de hoje enfrenta um desafio muito maior do que enfrentaram professores de qualquer época da história. O mundo hoje muda numa velocidade sem precedentes, de um instante ao outro temos novas informações, os alunos estão sempre informados, muitas vezes trazem essas informações pra dentro da sala de aula.É importante que o professor se insira nesse mundo de tecnologia e informação para não se tornar ultrapassado, e assim poder fazer uso dessas informações que os alunos possuem para trabalhá-las de forma que se transformem em conhecimento de fato. O que os alunos possuem na maioria das vezes não é o conhecimento, mas a informação, então o professor de hoje precisa ser o intermediador entre toda essa informação e a construção de conhecimento, para que possamos formar pessoas conscientes e autônomas, capazes de transformar e melhorar sua realidade e a do mundo ao seu redor.


Daniele Gabilan do Nascimento

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tecnologia da Comunicação na Escola

Conforme o que foi abordado no vídeo Metodologia ou Tecnologia podemos notar que embora muitos apontem a necessidade do uso das Tecnologias na escola,nem sempre o uso de ferramentas Tecnológicas são capazes de garantir uma educação de qualidade .Talvez os avanços que precisamos na escola não estão ligados à necessidade de Tecnologias,mas sim numa revisão das Metodologias adotadas. No texto da Baccega, Meios de Comunicação na escola, é feita uma abordagem do uso dos meios de comunicação na escola. Segundo ela, não se trata exatamente de utilizar-se ou não dos meios de comunicação na escola mais sim de sabermos de que modo a escola pode cumprir seu objetivo maior, formar cidadãos críticos, a partir dessa nova realidade. Nós como futuros educadores precisamos nos conscientizar que a escola não é mais, o único lugar onde se adquire o saber.